Sobre o Simpósio e a Jornada: unidade em tempos de crise

 

PRAZOS PRORROGADOS ATÉ O DIA 25 DE OUTUBRO DE 2019

O RESULTADOS DOS TRABALHOS ACEITOS SERÁ DIVULGADO NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2019

 

Onde e quando: Entre os dias 6 e 8 de novembro de 2019, no campus centro da UFMA,  de Imperatriz-MA

Histórico dos eventos:

Em um contexto político de crise e ataque às instituições de ensino superior do Brasil, percebidas ora como alvo para cortes de bolsas e fomento a pesquisa, ora como um espaço desejado pelo setor privado, o Programa de Pós-graduação em Sociologia e o Curso de Licenciatura em Ciências Humanas/Sociologia juntaram forças para a promoção de um evento de grande porte na  cidade de Imperatriz, a segunda maior do estado do Maranhão.

Por acreditar na importância da  universidade pública, gratuita e de qualidade, o I Simpósio Sociologias e Fronteiras juntamente com com IV Jornada de Ciências Humanas uniram forças, capitais sociais e recursos para driblar o contexto de cortes de bolsas e cancelamentos de editais de fomento, e demonstrar o quanto é fundamental  integralizar pessoas, ideias, a graduação e a pós-graduação.

Nessa visão ampla de universidade pública, pedimos desculpas pela alteração nas datas do I Simpósio, mas, ao mesmo tempo, convidamos a todos os interessados a somar forças nesse evento de grandes importância no debate sobre as fronteiras da Sociologia na Amazônia oriental, e também nas próprias Ciências Humanas.

 

I Simpósio Sociologias & Fronteiras

O I Simpósio de Sociologia nas Fronteiras é o evento produzido e organizado no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Maranhão (PPGS-UFMA) no campus de Imperatriz-MA. Trata-se de um evento que busca promover o debate, tanto, em torno dos limites e fronteiras da área Sociológica, propondo um viés interdisciplinar e diálogo com as áreas da Antropologia, História, Geografia e Educação, quanto para pensar a própria expansão da Sociologia no estado e na região da Amazônia maranhense.

  O evento reflete a própria característica do quadro docente do PPGS e traz como tema, nessa primeira edição, “Os cenários, desafios e perspectivas de pesquisa na Amazônia Oriental”. Busca assim, pensar o estado do Maranhão como ponto estratégico de pesquisas sobre a Amazônia, cujas pesquisas sociológicas necessitam também dialogar com um movimento nacional maior de avanço das pós-graduações para as regiões Norte e Nordeste.

  Surge como uma forma de aprimoramento da Jornada de Ciências Humanas realizada pelo curso de Licenciatura em Ciências Humanas/ Sociologia, tendo inclusive, alguns membros e participantes da antiga equipe executora. Trata-se do primeiro evento de Ciências Humanas da UFMA de Imperatriz, em nível de pós-graduação.

      Sendo o I Simpósio de Sociologia na Fronteira o primeiro evento promovido pelo PPGS-UFMA, cujo início das atividades ocorreram em março de 2019, o grande tema significa um esforço de publicizar para toda a comunidade científica da região como as Ciências Sociais em nível local e estadual estão articuladas com um movimento mais amplo de expansão da área pelas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Trata-se assim de um primeiro passo no processo de reflexão e construção de uma identidade de pesquisa sociológica na região sul do estado do Maranhão.

  Atrelado a isso, destacamos o papel da cidade de Imperatriz, considerada como um importante “Portal da Amazônia” por meio do qual ocorrem mobilidades, migrações e projetos de exploração, desenvolvimento, planificação entre outros que constituem temas caros para a Sociologia.  Nesse sentido, mais que um ponto de passagem, o evento I Simpósio de Sociologia nas Fronteiras: Cenários, desafios e perspectivas de pesquisa na Amazônia Oriental demonstrará que o referido município também é um lugar de produção, articulação e exposição dos resultados das pesquisas locais e regionais.

VI Jornada de Ciências Humanas

A Jornada Acadêmica do curso de Licenciatura em Ciências Humanas é o principal evento acadêmico regular que marca a trajetória do curso. Desde o princípio do curso, em agosto de 2010, até a realização da Primeira Jornada, entre os dias 21 a 24 de junho de 2011, sob o título “Relações de Poder e Dominação no Campo das Ciências Humanas”, com participação de acadêmicos de licenciatura em Ciências Humanas dos diversos campi da universidade. No ano seguinte, entre os dias 15 a 18 de maio de 2012, realizou-se a II Jornada Acadêmica de Ciências Humanas com o título “Educação, Cultura e Meio Ambiente: desafios para o novo milênio”, esta com financiamento da FAPEMA e com grande participação de estudantes e demais público interessado, consolidando, assim, este evento na cidade de Imperatriz. Já em 2013, entre os dias 26 a 29 de novembro, a III Jornada de Ciências Humanas propôs o debate sobre as “Tramas e Práticas Urbanas: desafio de mobilidade e acessibilidade nas cidades de médio e grande porte”, solidificando o perfil regional do evento. O olhar sobre a cidade favoreceu a mobilização e articulação entre pesquisadores, estudantes e a comunidade em geral, ampliando os espaços de debates sobre questões sociais relevantes e atuais. Em 2014 se desenvolveu a temática de nosso olhar para a questão da Educação pública, com o tema “Ciências Humanas e Educação Básica no Maranhão”. Durante os dias 16 a 20 de novembro, aproximaram-se os debates acadêmicos da universidade pública às demandas sociais oriundas da educação pública no nível da Educação Básica. A oportunidade de debate serviu como momento para avaliarmos o percurso do curso de Licenciatura em Ciências Humanas, seus avanços e limites para possibilitar uma necessária reflexão sobre as perspectivas profissionais, os campos de atuação e a formação acadêmica dos graduandos das novas licenciaturas. Existiram dois diferenciais desta Jornada em relação às anteriores; de um lado, ampliou-se o debate para mapear a reflexão sobre a temática da interdisciplinaridade quanto ao eixo analítico de LCH nos diversos minicursos e grupos de trabalhos; de outro, se articularam momentos de reflexão com movimentos sociais do campo e da cidade, abordando temáticas de minicurso de educação do campo e discussões no espaço público no campus de Imperatriz sobre a crise de recursos hídricos e questão agrária. Junto a estes momentos de reflexão destaca-se a intervenção das expressões artísticas da cultura tradicional camponesa no espaço público do campus. As diversas manifestações artísticas que diariamente acompanharam toda a programação do evento passaram pela literatura de cordel, expressões audiovisuais, histórias cantadas e música tradicional. O intuito desta articulação teve como princípio valorizar as manifestações da cultura tradicional, assim como criar espaços de diálogo entre a comunidade universitária e o saber local para reafirmar o estreito nexo entre pesquisa/ensino/extensão, bem como o papel relevante na geração de conhecimento da

universidade comprometida com a realidade social regional. Após três anos sem realizar esse importante evento, o mesmo foi retomado em 2018, buscando debater a importância das Ciências Humanas para a compreensão das grandes transformações políticas e sociais ocorridas nos dois últimos anos. Dessa forma, o tema escolhido foi “Ciências Humanas e a crise da democracia na América Latina: cidadania, representatividade e a produção do saber”, e teve como intuito promover um debate profundo com as contribuições da Ciência Política, Sociologia, História, Geografia, Pedagogia, Filosofia e Antropologia, ou seja, expor o que os principais teóricos e pesquisas da área têm para somar na compreensão da democracia em suas conexões entre a realidade local, nacional e continental. Por outro lado, no contexto em que termos como democracia, direitos humanos, golpe, minorias sociais tem sido cada vez mais difundidos nos meios de comunicação e no cotidiano nacional, a quinta jornada evidenciou a importância da relação entre as dimensões mais gerais da política, as mobilizações da sociedade civil e como determinados setores sociais tem reagido a todas as mudanças ocorridas nos dois últimos anos. Nesse âmbito, compreende-se que a cidadania e a produção do saber podem ser compreendidas como importantes pontos, no debate das Ciências Humanas, e para refletir sobre representatividade e democracia da América Latina.

Ainda na esteira das discussões geradas pela atual conjuntura política do Brasil a VI Jornada de Ciências Humanas visa debater os constantes ataques à democracia que se concretizam na ação contra as minorias que compõem a diversidade brasileira, notadamente, índios, mulheres, LGBTQ+, quilombolas e outros segmentos. Na mesma proporção, acirra-se batalhas no campo ideológico para criminalizar as universidades públicas brasileiras, desencadeando um crescente obscurantismo na Educação. A VI Jornada de Humanas não pode abster-se de discutir esses prementes assuntos em momento tão delicado da história do Brasil.


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