GT1 – CONFLITOS POR TERRITORIALIDADES NOS PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO NA FRONTEIRA: Lutas e resistências das populações do campo
Coordenadores: Dra. Vanda Maria Leite Pantoja (LCH/Sociologia e PPGS-UFMA) E.mail: vanpantoja@gmail.com
Dra Rejane Cleide Medeiros de Almeida (PPGCULT-UFT) E.mail: rejmedeiros@uft.edu.br
Este GT tem como objetivo reunir trabalhos concluídos e em andamento, que visem problematizar as questões que envolvem conflitos por territorialidade, desenvolvimento e políticas públicas, em particular na Amazônia Brasileira, sem desconsiderar a multiescalaridade dos processos sociais. Esperamos com essa proposta estimular e provocar o olhar para questões referentes a história recente dos territórios e povos do campo que habitam essa região, pondo em foco suas experiências e subjetividades nas lutas e resistências. Nosso intuito é lançar um olhar crítico sobre tais questões e repensar as construções discursivas acerca de temas como desenvolvimento e modernidade na fronteira.
Palavras-Chaves: Populações tradicionais; desenvolvimento; fronteiras; modernidade
GT 2 – RELIGIÃO, MEMÓRIAS, TRAJETÓRIAS: Fronteiras interdisciplinares
Coordenadores: Dr.Rogério de Carvalho Veras (LCH/Sociologia e PPGS-UFMA) E.mail: rogerioveras14@gmail.com
Ms. Salvador Tavares de Moura (LCH/Sociologia-UFMA) E.mail: salvador.tavares@ufma.br
Este Grupo de Trabalho propõe-se como espaço de diálogo de diferentes investigações cujos interesses estejam nos processos de construção e reprodução dos grupos religiosos, por meio das lógicas do poder, das crenças, das práticas e da memória social. Nesta perspectiva, a pesquisa da religião articula-se com uma pluralidade de temas e áreas de estudos das ciências sociais: das relações de poder no campo religioso e deste com outros campos de poder; das trajetórias individuais e dos grupos religiosos; das memórias individuais e coletivas – um conjunto de possibilidades que impõe a tessitura de diferentes conhecimentos (da história, sociologia, antropologia, ciência política etc.) com os saberes dos grupos pesquisados. Assim, pesquisas que versem sobre a religião nas suas múltiplas manifestações, sobre as trajetórias de grupos ou de agentes religiosos e sobre os usos e abusos da memória social serão acolhidas visando contribuir para a compreensão da realidade social e histórica.
Palavras-Chaves: Religião; sociedade; memória; poder; interdisciplinaridade
GT3 – TRABALHO E RESISTÊNCIA EM TERRITÓRIOS RURAIS
Coordenadores: Dra. Rejane C. Medeiros de Almeida (PPGCULT-UFT) E.mail: rejmedeiros@uft.edu.br
Dr. Maciel Cover (PPGS/UFMA e UFT). E.mail: macielcover@uft.edu.br
O meio rural brasileiro se apresenta como um espaço em que atuam diferentes atores sociais, com distintas estratégias de acesso aos recursos e de reprodução social. Nestes termos, a proposta deste GT é refletir sobre pesquisas que estejam se debruçando em: compreender processos de reprodução social camponesa, migrações entre áreas rurais e urbanas, ocupações de terra, resistência a projetos de hidrelétricas, mineração e expansão da fronteira agrícola que desalojam famílias de territórios ribeirinhos, indígenas, quilombolas; entender as transformações no mundo de trabalho em que os atores que vivem no meio rural atuam e seus desdobramentos quanto à resistência dos referidos grupos sociais; debater métodos de organização social e política dos grupos sociais camponeses, suas formas de luta e formas de aglutinação/formação de processos pedagógicos. Tais trabalhos podem se inserir no esforço de análise contemporânea das transformações e reconfigurações nas disputas de territórios rurais desenvolvidas a partir da redemocratização, contendo um olhar sobre a resistência aos grandes projetos, bem como a atuação sindical e dos movimentos sociais no campo, relacionados tanto a luta por melhorias no mundo do trabalho, como por conquista de novos territórios, que nos remete a pensar e debater métodos de organização social e política através de suas formas de luta e desenvolvimento de processos pedagógicos.Neste sentido, consideramos pertinente debater trabalhos que se debrucem para entender as formas sociais de organização, tanto do ponto de vista tradicional, como do ponto de vista dos movimentos sociais e sindicais.
Palavras-Chaves: Trabalho; Movimentos Sociais; Resistência; Campesinato; Território.
GT4 – “DESENVOLVIMENTOS” EM QUESTÃO: Conflitos, resistência e diálogos entre populações tradicionais, trabalhadores, sociedade regional, interesses públicos e privados na amazônia oriental
Coordenadores:
Doutorando Dhiogo Rezende Gomes (PPGAS-UFG/Goiás, IFMA/Maranhão) E.mail: dhiogo.gomes@ifma.edu.br
Doutorando Magno Michell Marçal Braga (PPGH Coimbra/Portugal, – IFAL/Alagoas) E.mail: magnomichell@hotmail.com
Discutindo relações entre natureza e sociedade, entende-se que o “desenvolvimento” não pode ser singularizado porque é polissêmico, ambivalente e multifacetado. Como fenômeno socioeconômico problematizado, questões primárias surgem: desenvolvimento para quem? As custas de quem? Em troca de quê?Projetos desenvolvimentistas apresentam algumas características comuns: a)uma arquitetura alienígena se impõe as relações humanas, entre nativos e meio ambiente;b) possuem apelo nacionalista e prometem redenção de um povo e/ou lugar; c) promovem uma grande mobilização de trabalhadores e seu consequente deslocamento; d) experimentam níveis excepcionais de exploração da força de trabalho e violação de direitos; e) promovem impactos socioambientais de difícil mensura e compensação justa.Neste GT, pretende-se lançar luz através de pesquisas nos campos das humanidades (história, geografia, antropologia, ciências políticas, sociologia) e da educação, debruçando-se na questão que se impõe quando há inúmeras formas e conteúdos no conceito de “desenvolvimento”: modernizador, promotor do progresso, capitalista predatório, concentrador de terras e rendas, promotor de desigualdades socioeconômicas, de racismo ambiental ou nas categorias de desenvolvimento sustentável, etnodesenvolvimento, agroecologia, cooperativismo, associativismo. O “desenvolvimento” assume uma diversidade de sentidos, discursos e práticas, tanto quanto são as populações multiétnicas e pluriculturais na Amazônia Oriental.Esperamos trabalhos que ultrapassemas teorias da dependênciae do multiculturalismo neoliberal, dialogando com teorias críticas pós-coloniais e decoloniais, enfatizando um olhar que desloca a visão de mundo eurocêntrica “norteadora” para uma pedagogia e intelectualidade “suleadora”, crítica da modernidade-mundo, a qual o desenvolvimentismo capitalista se assenhora enfrentando resistências.
Palavras-chave: Desenvolvimentismo; Amazônia; Capitalismo; Populações tradicionais; Trabalhadores.
GT5 – INDIVÍDUO E SOCIEDADE: Intersecções e Fronteiras
Coordenadores: Dr. Edson Ferreira da Costa (UFMA/LCH) E.mail:edsonferreiradacosta@gmail.com
Dr. José Henrique Sousa Assai (UFMA/LCH) E.mail: jhs.assai@ufma.br
Ms. Ricardo Avalone Athanásio Dantas (SEDUC/MA) E.mail: ricardo.avalone@gmail.com
Dr. Jesus Marmanillo Pereira (UFMA/LCH) E.mail: laepciufma@gmail.com
O Grupo de Trabalho indivíduo e Sociedade surge da necessidade de instituir, de forma sistemática, um diálogo interdisciplinar entre Filosofia e Sociologia no Programa de Pós-Graduação em Sociologia/UFMA – Imperatriz. As duas áreas dispõem de uma série de produções que possibilitam reflexões e produções que contemplam dimensões fundamentais do sujeito: a individualidade e a sociabilidade. Pensar a dimensão individual implica considerar que toda subjetividade humana é marcada por uma série de influências de experiências intersubjetivas que historicamente vão definindo a vida biográfica dos sujeitos históricos. Partindo de tal compreensão, consideramos imprescindível criarmos um espaço de diálogo por meio de teorias e práticas que discutam a relação indivíduo e sociedade como aspecto central na construção de uma visão interdisciplinar entre Filosofia e Sociologia. Temas como identidade, sociabilidade, autenticidade, alteração, estão presentes no pensamento dos que se dedicam a pensar o social como aspecto de formação da individualidade. Autores como Ortega y Gasset, Michel Foucault, Hannah Arendt, Norbert Elias, Pierre Bourdieu, Georg Simmel, entre outros, aparecem como sendo a base teórica na qual fundamentamos as possíveis interseções epistemológicas entre Filosofia e Sociologia por meio das questões por eles trabalhadas no que concerne a relação indivíduo e sociedade.
Palavras-Chave: Individuo; Sociedade; Filosofia; Sociologia; Interdisciplinaridade
GT6 – POVOS INDÍGENAS, FRONTEIRA E PESQUISA : DIÁLOGOS PARA DEFINIÇÃO DO ESTADO DA ARTE NA AMAZÔNIA ORIENTAL
Coordenadores: Prof.º Dr.º Emerson Rubens Mesquita Almeida (LCH/Sociologia – UFMA e GEEIMA) E-mail: emerson.rubens@ufma.br
Prof.ª Dr.ª Vanda Maria Leite Pantoja (LCH/Sociologia e PPGS – UFMA) E-mail: vandapantoja@gmail.com
Mestra Larissa dos Santos Martins (FUNAI e GEEIMA) E-mail: laralissas@gmail.com
As Ciências Sociais no Brasil têm, desde o seu nascimento, devotado intenso interesse pelos povos indígenas. Neste contexto, a Amazônia Oriental (Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso) tem sido lugar privilegiado da inserção de pesquisadores de diversas áreas do conhecimento científico. Os estudos produzidos nas últimas décadas são diversificados em conteúdo e orientações epistemológicas formando um campo eminentemente interdisciplinar. Outro aspecto importante dessa diversidade está nas temáticas abordadas, por exemplo, educação, saúde, economia, territorialidades, organização social dos povos indígenas, relação com o Estado etc. Pensando nessa diversidadeo GT pretende promover o diálogo entre pesquisadores de áreas como Antropologia, Sociologia, Educação, Geografia e outras que produzem conhecimento com os povos indígenas e a partir da interlocução com eles visando a construção de um mapa de pesquisa na região. Deste modo, são bem-vindos trabalhos que reflitam pesquisas em diversos estágios de realização. Alunos e professores de graduação, mestrado, doutorado e demais profissionais podem encaminhar seus trabalhos.
Palavras-Chave: Indigenas; Fronteiras; Amazonia oriental
GT 7: Educação nas Fronteiras: sujeitos, direitos e práticas
Profa. Dra. Emilene Leite de Sousa/UFMA karitania25@gmail.com
Profa. Dra. Karla Bianca Freitas de Souza Monteiro/UFMA karlabiancaufma@gmail.com
Este grupo de trabalho visa reunir pesquisadores que se dedicam à análise das diversas formas da educabilidade em distintos contextos com o objetivo de possibilitar o diálogo entre áreas de conhecimento diversas na interseção com a educação. Neste sentido, interessa-nos discutir as educabilidades construindo fronteiras entre áreas de conhecimento distintas, como Sociologia, Antropologia, História, Geografia, Direito, Psicologia, Educação e demais áreas afins. Logo, nos referimos às fronteiras de saberes e conhecimentos para a produção de um diálogo interdisciplinar. Serão bem vindos trabalhos cujos focos sejam os processos educativos na escolarização ou educabilidade formal; educabilidades informais e nas educabilidades não-formais. O escopo é o Brasil com ênfase na Amazônia Oriental. Interessam a este GT pesquisas sobre educabilidades entre povos indígenas, ciganos, quilombolas, em reservas extrativistas, camponeses e povos tradicionais em geral. Etnografias produzidas em contextos escolares na/da cidade e no/do campo. Interfaces entre raça/etnia/gênero serão bem acolhidas, bem como, discursos, práticas e estratégias de educabilidade em distintos contextos históricos. Serão aceitas também pesquisas que se dediquem às políticas públicas para a educação e quaisquer outros enfoques que dêem visibilidade aos sujeitos, direitos e práticas nos processos de educabilidades.
Palavras-Chave: Educação – Fronteiras – Sujeitos – Direitos – Práticas
GT 8 – Memória, História e narrativas afro-diaspóricas
Coordenadores: Dra. Karla Leandro Rascke (Unifesspa/PA) karla.rascke@unifesspa.edu.brMe.
Hélio Márcio Nunes Lacerda (IFTO/TO) helio.lacerda@ifto.edu.br
Resumo: Este GT tem como objetivo congregar trabalhos teóricos que discutam colonialidade/decolonialidade e práticas exitosas de implementação das Leis Federais 10.639/03 e 11.645/08 no ensino fundamental e médio. Em direção interdisciplinar, esperamos conectar pesquisas que repensem suas abordagens na produção/transmissão de conhecimentos. Constituem temas de interesse desse Grupo: memórias e histórias de sujeitos políticos na luta por igualdade; corporeidades afro-diaspóricas; movimentos sociais, culturais e estéticos; diferentes formas e estratégias de educação emancipadora e práticas educativas em distintas áreas do conhecimento, conectando saberes e viveres em diáspora; ações que valorizem a diversidade racial, de gênero e classe; experiências de vivenciar as múltiplas territorialidades; memórias e histórias de povos e comunidades tradicionais, quilombolas, ribeirinhos e do campo; formas diversas de linguagens corporais, éticas e estéticas dos povos da diáspora africana; saberes tradicionais e identidades coletivas; epistemologias e interseccionalidades; constituições identitárias, políticas e sociais. Trazer à tona agentes e narrativas da diáspora africana no Brasil, em especial com perspectivas e olhares sobre a Amazônia, permite dimensionar história, memória e narrativas de homens e mulheres em diferentes tempos e espaços, constituídos a partir de suas realidades, vivências e experiências.
Palavras-chave: História; memória; diáspora; decolonialidade; Leis Federais 10.639/03 e 11.645/08.